sábado, 20 de junho de 2009

Medo, Vida, Dúvidas

sabe aquela história de ter medo do medo que dá? pois é... a vida é mesmo assustadora ou eu que me amedronto à toa? não sei... e por que é que às vezes o medo paralisa e em outras ele impulsiona ao impossível?... que coisa de tanta pergunta sobre medo, tanto medo de ter medo, tanto medo de ter coragem... na dúvida, faz-se o quê?... fica-se parado no mesmo lugar ou se caminha sem rumo, sem prumo, sem certezas do que vai acontecer, só pra ver no que vai dar?... ai, meu deus que tanta dúvida, que tanto medo , que tanto não saber o que fazer... e a vida? que assusta, assusta mesmo... mas passa... passa o susto e passa a vida se a gente não vive... e a dúvida? a dúvida dá medo... mas também passa, passa o dúvida e passa o tempo de fazer sem que nada se faça... e o medo? o medo dá dúvida... que pode até acabar, mas o medo, ah, esse nunca passa, pois se tem medo até a morte, se tem medo até da morte...
(Ana)

Coragem

É um estigma meu! Minha marca pessoal, a vida me deu apenas uma escolha, e foi viver e encarar minhas vontades e os meus desejos. Nunca me acovardei para os meus sonhos. Nunca coloquei a culpa na situação e nem nas pessoas.
Segui em frente, mesmo que todos a minha volta falassem que não era prudente trilhar os caminhos escolhidos. Colhi todos os louros e todas as pedras que me foram dadas pela vida.
E isto desde muito pequena; aos cinco anos me trocaram de casa e de família, de cidade, aos sete anos de idade, eu escolhi trocar de casa e de família novamente; se não me sentia acolhida pelas pessoas, não tinha medo de renunciar a elas e ao tipo de amor que elas queriam ou podiam me dar. Aos dez anos estava de volta ao Rio na casa do meu pai, e escolhi novamente que aquele caminho não era o meu, voltei para casa da minha mãe. Aos 12 anos a vida deu nova volta e tive que voltar a morar com meu pai novamente; desta vez a escolha não foi minha. Aos dezessete anos eu escolhi morar com minha avó, mas meu coração queria voar ainda mais alto, em busca da felicidade e novamente tomei outro caminho. Segui pra São Paulo.
Nunca deixei que nada e nem ninguém me impedissem de ser feliz e de levar minha vida como eu desejava. Nunca me acovardei para nada. Não precisei dar desculpas para os caminhos que eu desejava trilhar, mas não tinha força. Se eu queria seguir minha vida, e ela me pertencia, nada podia me deter.
Sou feliz! Sou corajosa! Todas as minhas escolhas resultaram em ótimas experiências. E posso falar e ensinar as pessoas, que basta ter vontade e coragem para ser feliz!
Desculpas, covardia, não fazem parte de mim e nem dos caminhos que sigo.
(Aline)
Dúvidas

Era uma vez um rapaz que não conhecia o medo e saiu pelo mundo tentando descobrir do que se tratava. Mas não era uma pessoa de verdade, era um personagem dos contos de Grimm. De verdade mesmo não tem quem não saiba o que é aquele frio na barriga, o desconforto que nos faz querer fugir, lutar ou quem sabe, fingir de morto. Mas e a tal da coragem? Eu achava que sabia o que era, claro que sabia, é aquela coisa do cara que entra no fogo para salvar a criancinha, que fica na frente do tanque de guerra, que faz a diferença entre o homem comum e o herói. Eu achava que sabia, mas tenho andado tão confusa que não tenho mais certeza.de nada.
Há quem diga que quem tem coragem age com o coração, faz sentido, coração e coragem são palavras aparentadas. Mas quando se age pelo senso de dever ou justiça, mesmo quando o coração pede outra coisa, não tem coragem também? Mais coragem talvez? Tem que se ter coragem para recomeçar a vida, o amor, a carreira. Mas e para prosseguir, permanecer, estar ali onde se estava antes, não precisa coragem também? Quem parte é mais corajoso do que quem fica? Quem briga é mais corajoso do que quem concilia? Para fugir não precisa coragem? E para fingir de morto? As vezes sonho que preciso ficar bem quieta, morta, enquanto algum perigo, um cão feroz por exemplo, passa bem perto, muito perto. É terrível, nunca consigo, sempre me dou mal nesse sonho por puro medo.É, acho que coragem, certezas, definições não são meu forte. Talvez eu só entenda um pouco é do medo, e daquilo que se faz com ele.
(Neysi)