sábado, 16 de abril de 2011



Semana passando

O tempo às vezes passa arrastado na minha vida. Dias longos; minutos intermináveis. O cansaço toma conta do meu corpo e parece fazer desacelerar ainda mais o tempo. Curioso que quanto menos tenho a fazer, mais o tempo demorar.
Espero por horas o momento de buscar minha filha na escola, espero por séculos o dia terminar e meu marido ter cumprido sua jornada de trabalho e as aulas da faculdade. E quando os melhores momentos chegam, o tempo acelera e tudo termina em cinco minutos. No consultório cinqüenta minutos duram apenas curtos cinco segundos.
O final de semana parece que não dura nem a metade de um dia e já estou sozinha de novo em plena segunda-feira. Falo sempre com os meus, que o final de semana deveria ter cinco dias, meu marido diz que o mês deveria ter três dias, um pra trabalhar, um pra receber o salário e o outro pra gastar.
O tempo passa diferente mesmo pra cada um, eu ando tão sonolenta, qualquer encostada na cama já cochilo e às vezes, adormeço profundamente e de noite você acha que fico insone? Nada disto, capoto de novo, como se há meses não houvesse dormido.
Tenho sentido que os momentos de prazer têm sido tão curtinhos e os momentos enfadonhos longos demais.
Agora estou aqui e penso o que de bom tem pra fazer? E não tenho nada, mas se quisesse trabalhar, não faltariam coisas a fazer dentro de casa. Isto é um saco, parece que na vida só temos coisas chatas.
Como ser criança é bom, tantas brincadeiras, tantos desenhos, mesmo que repetidos e nossas vidas de adultos entediantes. A Juju fala sempre, não quero crescer não a vida de vocês é muito chata, trabalhar, pagar contas e dormir. E ela tem razão!
(Aline)



As horas demoram a passar, mas os anos voam. Nove intermináveis meses para ver a carinha de um filho e num estalar de dedos ele já está um homem. Tanto tempo esperando pelo aniversário, o fim do ano letivo o Natal ,as férias e num segundo você cresceu, pior que isso (ou seria melhor?) envelheceu. Há quem tente encontrar explicação para a passagem acelerada do tempo, alguma teoria sobre a inclinação do planeta, a órbita , mistérios da ciência ou algum segredo guardado a sete chaves pelos atlantes. O passar do tempo é inversamente proporcional a expectativa, ou seja, quanto mais esperarmos mais devagar chega. E já estou eu usando meu tempo para escrever bobagens em vez de fazer...o quê mesmo? Ah, sim, algo útil, relevante, salvar a humanidade ou mudar o corte do cabelo. Hoje estou mais relativa do que Einstein poderia supor. Faço uma reverência ao Tempo, esse senhor que mora numa árvore idosa, peço que seja meu amigo,parceiro. Que me dê a chance de desfrutá-lo e que não seja em vão.
(Neysi)



não costumo ter tempo pra nada... tenho sempre a minha rotina cronometrada, vou de um lugar para outro e depois para outro até conseguir voltar pra casa, onde várias coisas me esperam,um filho, outro filho... e tem aquela velha pergunta que as pessoas fazem pra sacanear as outras, não tem tempo, o que vc faz de três às cinco da manhã?... eu? eu estudo nesse horário,que é a hora de silêncio da casa... às vezes reclamo, digo que os dias deveriam ter mais horas... não, nem pensar... se tivesse mais horas, provavelmente eu trabalharia mais... sinto falta de mais horas pra dormir, pra me divertir, pra rezar e às vezes pra não fazer nada, mas quem disse que seria assim que ocuparia o meu dia? tenho certeza que outras responsabilidades viriam, em vez do lazer, do descanso, da meditação, do famoso ócio criativo... penso também que praquilo que é verdadeiramente importante, arrumamos tempo e aos poucos, a atividade que parecia impossível, se tornaparte da rotina... coisa estranha essa do tempo, tão preciso, tão relativo...
(Ana)

quinta-feira, 14 de abril de 2011



em minha casa, sempre teve imagens de santos, velas acesas, palha benta queimando em dias de chuva forte... minha mãe rezava ajoelhada, fervorosamente, às vezes chorando, quase sempre pedindo alguma coisa pra algum de nós... ela me ensinou a rezar antes de dormir, com deus me deito, com deus me levanto... recitva preces e rogos intermináveis, pelas pessoas, pelas almas, toda noite igual... cresci olhando e sendo olhada por tantas imagens... minha fé era o medo de pecar... a onipresença, a onisciência, a onipotência... deus estava em todo lugar, via tudo que eu fazia de errado e, com certeza, me puniria... quando fui para o catecismo, conheci o bondoso deus do evangelho, que acolhia as criancinhas... minha fé passou a ser a certeza do perdão... mas aos poucos fui me incomodando com o paradoxo da confissão... arrepender-se, confessar, ser perdoado e... pecar de novo... fui percebendo que por mais sincero que fosse meu arrependimento, sempre cometia os mesmos pecados... pecados de criança, fiz malcriação pra minha mãe, briguei com meus irmãos, menti pra minha professora... não entendia a expressão para não mais pecar... na adolescência passei a participar ativamente de uma igreja católica... minha fé era a esperança de conviver com pessoas que se aproximavam da imagem e semelhança de cristo... eu confiava... me decepcionei... não é fácil ser deus... minha mãe morreu... eu não sabia o que fazer com todas aquelas imagens de santos, com a palha benta de dentro das gavetas, com as velas da vigília pascal guardadas nos armários, com as orações que não asseguraram a presença da minha mãe na minha vida, para ver os netos, para eu não ficar só... deus perdeu a sua onipresença, ele não estava ali... perdeu sua onisciência, ele não sabia da minha dor... perdeu sua onipotência, não impediu a morte da minha mãe... e eu perdia fé... e fiquei sem ela durante um bom tempo, até o vazio quase me enlouquecer... foi aí que o senti de novo... não sei explicar como, não sei dizer onde, mas acho que sei o porquê... deus não é só o castigo, nem só o perdão... ele está no acolhimento e também está na decepção... ele simplesmente É, como sempre foi o tempo todo... percebi isso quando compreendi a minha dor e o significado que ela teve na minha vida, o que eu era e o que me tornei, o que eu aprendi com a minha fé e com a falta dela... somos nós que nos castigamos ou perdoamos, que nos aproximamos ou afastamos, que vivemos em guerra ou na esperança... a minha busca pela fé me diz que ela existe e está em algum lugar em mim, embora eu não saiba mais, nem queira, explicá-la... não sei dizer no que acredito ou no que deixo de acreditar, o que é razão e o que deixa de ser... mas resgatei os conceitos de onisciência, de onipresença e de onipotência... hoje, de uma forma diferente de antes, sei que deus está em tudo, tudo sabe e tudo pode...
(Ana)


Minha fé!

Nasci numa família católica, mas com uma mãe kardecista. Tudo era diferente na minha casa, as explicações para o sofrimento, o modo de ver a vida. E o que era herança religiosa, dentro da minha família toda católica, era visto como escolha dentro do meu lar; cada um poderia seguir a crença que sentia dentro da alma.
Fui batizada, fui consagrada, crismada, casei e batizei minha filha dentro do catolicismo. Mas, o lado paterno da família era presbiteriana, a família da minha madrasta da Assembléia de Deus. Você imagina o que é crescer ouvindo que o seu hábito de tomar restinhos de café dos copos deixados pelos adultos, tinha haver com sua entidade de pretos velhos? Esta era a opinião da Dona Maria, uma empregada negra que tínhamos e que gostava muito de mim.
Imagine então ter um irmão perturbado por espíritos, que teve que ser batizado duas vezes para que a casa pudesse dormir. Imagine ainda o que é pra uma criança carioca com fé em Cosme e Damião ora poder comer seus doces distribuídos pelas ruas do Rio, enquanto estava com a minha mãe e ora não poder comê-los quando estava na casa do meu pai, pois pra esposa dele, aquilo tudo era macumba.
Apesar de até os dezenove anos eu me considerar católica, os livros de Kardec e Chico Xavier, faziam parte da minha rotina de leitura. Livros como as duas vidas de Audrey Rose, a Erva do Diabo de Castanheda. É lógico que eu não seguiria um caminho único. Fui experimentando de tudo. E até hoje é assim, gosto de saber de todas as religiões, hoje estou tentando aprender sobre a cabala, apesar de estar freqüentando a Umbanda.
A certa altura da minha vida, percebi que coisas “estranhas” aconteciam comigo, sonhos premonitórios, sentia cheiros que outras pessoas não sentiam, de flores, de éter, de podre, de bebida e recebi o rótulo de médium.
Como as leituras diárias já me familiarizaram com o termo, não achava nada disto estranho; até que fui pra faculdade de Psicologia. E de repente tudo o que eu sentia tinha um rótulo de doença mental. Abandonei minha fé, me afastei do centro espírita, porque o psiquiatra que dava aula pra mim, nem sequer respondia a temas voltados a religião e seus mistérios. Sentia-me inadequada.
Eu já estava no desenvolvimento mediúnico quando tive um problema de saúde e não me conformei com o “abandono” de Deus. Pensei, sou uma filha que serve a seu rebanho, como pode me deixar adoecer, como ninguém aqui no centro, reparou o meu sofrimento físico? E assim, me afastei.
Muito tempo depois, voltei a ter “sonhos”estranhos, e novamente me direcionei ao lugar onde eu sempre fui acolhida e vista como normal. Deixei minha fé de lado, como uma filha rebelde que fui de pais encarnados e de Deus. Sempre contestei muitas coisas e um dia chegou à hora de contestar a minha fé também. Só que Deus tinha planos diferentes pra mim, foi me mostrando que as visões acordadas que tinha eram reais, foi confirmando que a minha “diferença” não era uma doença ou um mundo imaginário. Que o meu chacoalhar resultava em coisas boas pra mim e para os que me cercavam.
Comecei a ver que pessoas amigas, me procuravam para receber uma palavra de consolo, um passe, uma “benzidinha” que minhas orientações e orações acalmavam algumas pessoas. Lógico que uma parte disto, vem da minha fé e outra da fé de quem me procura, mas é estranho ainda hoje sentir o sofrimento das pessoas que estão longe de mim, até em outros estados do país e confirmar com elas que elas estavam em momentos difíceis e eu captei. É difícil sentir meu corpo envergar e ver um lado de um mundo que a maioria das pessoas não vêem, não sentem e até desconhecem.
Senti medo da minha fé muitas vezes na vida, senti medo de ser rotulada de maluca, me escondi dos preceitos que aprendi, mas sei que o consolo que tenho é e sempre será a fé que me sustenta. Nos momentos de grande aflição, ainda pego meu terço de lágrimas e rezo, rezo de tudo, o Credo, a Ave Maria, Pai Nosso, a Prece de Cáritas, rezo a oração que um benzedor me ensinou na Bahia, imagino símbolos da cabala e meu coração recebe consolo e as respostas surgem em mensagens na tevê, no e-mail ou em ligações telefônicas.
De frente a minha cama, tenho uma imagem de São Jorge o padroeiro do Rio de Janeiro e aquele que sempre me consolou, sempre falei, valei-me meu São Jorge nos momentos difíceis, sempre pedi a proteção de seu escudo e espada pra me defender. Ainda é o meu santo de preferência, hoje ele recebe o nome de Ogun onde eu freqüento, mas pra mim, é meu santinho, meu protetor aquele que sei que me protege junto com Deus e sua tropa, Jesus, a virgem Maria, e toda a falange de espíritos do bem que me cercam.
Minha fé me conduz, me faz ser saudável, apesar de um dia eu ter achado que era doida mesmo. Sigo por este caminho e todas as noites rezo pra minha filha e ela repete pra mim, boa noite! Dorme com os anjos,com Deus e sonhe comigo
(Aline)



Minha fé tem a forma de um ponto de interrogação. Coisa mais estranha para aquilo, que por princípio, não admite dúvidas, mas assim é. Um quebra cabeças desses intermináveis, feito de muitas buscas, decpções. aprendizado. Intermináveis discussões. Todos os manhãs, para conseguir levantar, apanho um punhado de pecinhas: fé no meu trabalho, no artigo que li na véspera, no sol dos domingos, fim de tarde nas sextas. No futuro da humanidade, quem tem filhos tem fé e eu tive dois. De que tudo tudo vai dar pé, a fé não costuma falhar. Vou montando assim meu quebra cabeça, de forma meio aleatória. As vezes começo a ver algum desenho, olho uma parte pequena e acho que entendi tudo, quando vejo já desmanchei sem querer o trabalho e tenho que começar tudo de novo, tento um jeito diferente: fé no santo, nas estrelas , no amor para sempre, Se nenhum vento soprar eu mesmo desmancho tudo, não estou preparada para o fim do jogo, no fundo gosto de recomeçar. Falta Deus, não é? Escuto isso quase desde que nasci. Quem sabe um dia, se ele deixar, encontro essa pecinha perdida e não a largo mais. Não tentem me converter, mais do que eu mesma tentei impossível. Aceitem minhas dúvidas e que todos os seres sejam felizes!
(Neysi)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tomates e eu...


Não sei onde, nem quando e nem porque deixei de gostar de tomates. Fui largando eles bem longe de mim, e quando vi, não suportava mais a tal fruta vermelha. Nem sequer o molho deles em pizzas. De repente me vi obrigada a dar um jeito em uma comida que tinha que ser feita rapidamente, piquei cebola, tomates joguei no azeite com folhas de manjericão; num macarrão que deveria ser comido em quinze minutos.
E o perfume que invadiu minha casa e tomou de assalto meu olfato, era maravilhoso. O gosto parecia de algo simplesmente divino. Quantos anos perdi longe da bolota vermelha? Não sei responder!
Fiquei aqui pensando em quantas coisas vamos deixando de lado e que elas podem simplesmente serem boas e a gente não se dar mais conta disto.
Porque não pintei mais nenhum quadro? Porque deixamos de escrever pro blog, de enviar nossos textos umas pras outras? Porque coisas triviais perdem o sentido e quando percebemos, deixamos algo bom de lado. Porque não fui mais até a janela que tenho aqui, que dá pra serra e olhei através dela? Porque o tucano bicou minha janela? Porque apesar de ter atravessado o verão, parece que hibernei no inverno?
Quero acordar, retomar minhas aventuras à óleo, meus textos, meu olhar através das janelas, dos textos da “diretoria”, me ver através do outro e olhar a fruta vermelha e sentir seu sabor.
Onde foi que deixei de acompanhar a modernidade, porque comecei a ficar de olho só no passado, nas velhas músicas conhecidas e deixei de ouvir as novidades do rádio?
Parece que estou saindo de um estado de coma. Precisando ver o mundo de novo. ‎"meu tempo é hoje. Não vivo do passado, mas o passado vive em mim..." vi o Paulinho da Viola falando isto, e novamente percebi que queria falar como ele, sobre mim, sobre minha vida.
Como pode alguém da rua, falar aquilo que a gente sente, melhor que a gente e sem nem mesmo nos conhecer.
Acorda diretoriaaaaaaaaaaaa! Vamos de novo, juntas experimentar tomates?
(Aline)


Tomates me lembram a infância. Abrir a geladeira e comer puro, levando bronca da avó, muito ácido, vai estragar o estômago! Minha avó tinha regra para tudo, coisas que não se devem fazer à noite, outras durante o dia. Coisas que não combinam. fazem mal, beber água gelada com o corpo quente, tomar vento depois de sair do banho, banho depois de comer. Meninas não sobem no muro nem riem alto, fica feio. Tem certas palavras que não se falam nem de brincadeira, dão má sorte (azar nem pensar ,bata na madeira) . E ia ficando a idéia que a vida era fácil, só seguir os conselhos e não deixar em hipotese alguma os chinelos virados ou a bolsa no chão.
Muita coisa que eu acreditava nem lembro mais, outras que eu gostava deixei de gostar, descobri muita coisa diferente ainda enquanto morava na casa velha da Vila. Falta de umas boas chineladas, diria a minha avó, que no entanto nunca me bateu.
Nunca deixei de buscar o novo. Sou inquieta desde sempre, não sei se é virtude ou defeito.Mas tem coisa que a gente simplesmente esquece e não é porque sejam ruins. Deixam de fazer parte do nosso momento tragadas pela rotina, pelos compromissos ou pelo desânimo. E eu que gostava tanto de desenhar, acabava com os cadernos bem antes do tempo, nunca mais peguei num lápis. E o violão? Tem uma tela vazia me esperando dentro do armário, as tintas devem ter secado há muito tempo, já devo até ter jogado fora. Agora o blog, esse eu nem sei por que não continuamos, afinal estamos sempre aqui na frente do teclado. Será que já dissemos tudo? Lembrei agora de um texto da Cecília, acho que não escreveria nada melhor:


A arte de ser feliz


Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecília Meireles
(Neysi)



também tenho me perguntado porque parei de escrever... por mais que eu invente desculpas, não há uma resposta... foi a falta de tempo? tenho hoje o mesmo que tinha antes... foi a cura das angústias? bem que eu queria... foi a mudança de fase na vida... eu mudei mesmo de fase? de qual pra qual?... algumas pessoas têm me dito que ando mais tranquila e que isso até se reflete no meu semblante... me olho no espelho e me pergunto como seria o meu rosto antes então... não vejo a tranquilidade que as pessoas veem, mas sei que de alguma forma ela está lá... voltei a minha mente pra outros pensamentos, estão menos em mim em mais no que o mundo tem a me oferecer... tem tanta coisa pra eu conhecer, tantos sabores diferentes para experimentar... falando em tomate, hoje em dia sou quase vegetariana, como muito pouca carne e por incrível que pareça, não sinto falta como das primeiras vezes... mas ainda gosto e não pretendo parar de comer de todo, mas quero comer só o que eu gosto, não por simples hábito... mudei... mudei alguns hábitos na minha vida... coisa estranha não fazer o que sempre se fez... coisa estranha perceber que não se morre ao tomar água gelada com o corpo quente... é quase reviver a cada copo d'água... e eu que não gostava de cenoura, carne-seca, abóbora, beterraba, acabei redescobrindo possibilidades e isso é assunto pra outro texto, pra esse não ficar longo demais... e ainda não sei explicar porque parei de escrever, rs... vou deixar esse assunto pra outro texto também, assim, quem sabe, a produção não aumenta...
(Ana)